24 janeiro, 2011

O 'ontem' com os olhos do 'hoje'

É engraçado mexer em coisas do passado. Anotações, textos, pensamentos, sonhos, desejos. Como eram importantes naquele momento e hoje percebo o quanto superficiais eram. Ou melhor, não eram superficiais; eram apenas sentidos exageradamente. Acredito que adolescente tenha esse dom. Exagerar tudo que acontece. O mais incrível é ver desejos que se realizaram. Ou então, pressentimentos que realmente aconteceram. Sentimentos que com o tempo continuam confusos. Vontades que apesar dos anos, permanecem. Pessoas que entraram e saíram da minha vida. De alguns sequer me lembro os rostos, mas com certeza fizeram parte da minha história, afinal estão eternamente lembrados em páginas escritas por mim. Outras pessoas, eu sorrio ao ler os nomes, pois foi naquele momento que passaram a fazer parte dos meus dias. Momentos de extrema alegria ou tristeza. Momentos de tédio, de depressão, de paixão, de amor, de confusão. Ah, os momentos de confusão preenchem páginas das anotações. Fico pensando, daqui uns anos, lendo as anotações de hoje o que será que pensarei? Que também eram sentimentos exagerados? Será que ao sentir de fato as emoções elas se tornam mais intensas e quando passa o momento, elas perdem toda a graça? Ou superestimamos os sentimentos, desejos, sonhos? Se fazemos isso, como saber o quanto sonhar, sentir e desejar? Há de fato uma quantidade correta? Eu acredito que não. Que sejam tão intensos quanto necessário, afinal, tudo passa. (Ok, no mesmo momento que escrevi “tudo passa”, lembrei de uma pessoa, de um fato, de uma época. E nem tudo passa. As confusões ainda existem. Até mesmo o desejo e o sentimento, em alguns momentos.). Seguirei escrevendo e daqui uns anos lendo, lembrando, revivendo e aprendendo.

17 janeiro, 2011

Os gritos... O hoje, o amanhã e eu

Os gritos cessaram. O silêncio começa a ser um amigo novamente. Ainda há alguns burburinhos, mas os gritos já se foram. A calmaria começa a surgir. Tudo está ficando em paz, no seu devido lugar. Como eu disse, os pensamentos se acalmaram. Ainda bem! Agora consigo olhar outras situações e me indignar com elas. E também dar risada delas. E não, os gritos não era relacionados com essas situações, eles apenas estavam tão altos, que eu não conseguia ouvir ou ver qualquer outra coisa. Mas agora... bem, agora é um novo momento. Agora eu me preocupo com um dia após o outro. É... acho que isso é o melhor que faço, afinal, amanhã pode amanhecer chovendo, ou não. E então, todo planejamento ir por água abaixo. Então, hoje eu vivo. Amanhã, é amanhã. Nem existe de verdade!

04 janeiro, 2011

Gritos no silêncio.

Eu quero gritar. Gritar aos quatro cantos essa minha angústia. Mas não posso. A única saída que tenho, é gritar no pensamento. Somente ele pode ser meu confidente. E acreditem, ele não é o melhor amigo nessa situação. O silêncio, que é tão desejado para refletir e chegar a conclusões aceitáveis sobre decisões a serem tomadas, nesse momento é enlouquecedor. O silêncio tem sido capaz de confundir meus pensamentos. Sim, isso é possível, e eu não sabia. Não sabia do poder do silêncio. Não sabia da força que ele tem perante algo que sufoca, que exige que seja dividido...e dividido o mais alto possível, pois isso já toma conta. É algo que toma conta dos pensamentos, mesmo nos momentos que não deveria. O grito seria a solução. Mas, solução para mim. E isso é egoísta. Apesar dessa angústia, dessa vontade de gritar, o silêncio predomina. Predomina porque seria egoísta prejudicar algumas pessoas, por um simples capricho. Assim, a força do silêncio continua enlouquecendo os meus pensamentos. Todos esses pensamentos permanecerão guardados,como em uma caixa, preta.. que somente eu sei onde se encontra. Pensamentos esses que, com o tempo irão se acalmar. Disso, eu tenho certeza.

03 janeiro, 2011

Eu, e eu mesma (egoísta não?)

É triste quando a inspiração para textos não vêm. Mesmo que eu queira escrever, e contar histórias sobre amor, sobre casais, a minha imaginação está vazia. Isso é triste. Mas, o que isso realmente quer dizer? Eu estou vazia para o amor? Ou apenas falta de inspiração para grandes textos, com grandes histórias, e pequenos desabafos? O que sei é que apesar dessa falta de inspiração, conversar com pessoas de fora da minha rotina, me faz bem! O que sei também, é que estou bem. Mesmo com esse aparente vazio, eu não me sinto vazia. Pelo contrário, eu sinto que estou tão preenchida, que no momento, nesse exato momento, não há espaço para mais ninguém nesse mundo, somente para mim. É preciso que eu me descubra, e assim dê lugar a outro alguém ao meu lado. Antes disso, estou aberta somente para mim mesma.