10 março, 2019

E você, ainda acredita no amor?

Outro dia, durante uma noite de conversas sobre os mais variados assuntos me perguntaram se eu ainda acreditava no amor. Algumas observações sobre esse questionamento:
1. Há quanto tempo não conversava sobre amor com alguém?
2. Me surpreendeu a pergunta e minha resposta também, o que acabou me fazendo refletir sobre o assunto por alguns dias.

Quando somos crianças, adolescentes e até no início da vida adulta, a maioria de nós sonha sim com o amor.. Sonha com o parceiro de vida, não aquele perfeito, mas aquele que vai crescer junto, brigar, sofrer, chorar, sorrir, amar, viver ao nosso lado. No entanto, o decorrer dos anos, das decepções amorosas que temos, acabamos por nos fechar e, muitas vezes sem perceber, deixamos de lado o sentimento nas relações. E percebi que estava indo por esse caminho, de relações vazias, com promessas falsas, palavras soltas no ar... e o quanto isso estava me fazendo mal. Tive alguns (muitos) sonhos desfeitos, sonhos que sonhei junto com outra pessoa... e comecei a desacreditar que poderia encontrar alguém para dividir meus dias. Mas quando fui questionada se ainda acreditava no amor, veio como uma porrada, dessas bem no meio da nossa cara sabe? E então percebi que eu não sou o tipo de pessoa que se contenta com uma relação de noite, com mensagens trocadas no Whatsapp cheias de promessas falsas. É claro que não vou deixar de viver, de curtir e aproveitar; mas com certeza serei muito mais sincera nas próximas relações, e vou exigir isso das pessoas. Exigir sim, porque não mereço qualquer coisa que seja menos que sinceridade para iniciar uma relação.
Obrigada a ti que me fez esse questionamento... me mostrou muito de quem tu és, e me lembrou quem eu realmente sou.

15 janeiro, 2019

Confusões de uma mente inquieta.

Oi sumido! Quanto tempo que não passo por aqui... quanta coisa aconteceu nesse tempo todo. Idas e vindas... de pessoas, de locais, de sentimentos. Muita dor, muito ressentimento, muita mágoa... mas por outro lado, muito aprendizado e amadurecimento. Reviravolta na vida profissional e pessoal. Quantas máscaras caíram... e quanto isso me fez perceber que é realmente difícil (para ser otimista, e não dizer impossível) confiar nas pessoas. Aqueles que estiveram presentes em momentos bons e ruins, que se dizem amigos, chegam e simplesmente nos dão uma rasteira tão grande que ficamos sem reação. Será que o mundo é feito de falsidade? De hipocrisia? De mentiras e omissões - pelo bem-estar daqueles que amamos? Será que é disso que devemos viver? De aparências e momentos para agradar aos outros... de dizer aquilo que querem ouvir, sentir e viver. Será que é tão errado pedir sinceridade? Ou... será que pedimos sinceridade e não estamos prontos para ouví-la? Muitas dúvidas, muitos questionamentos... E isso tudo acaba gerando uma sensação de vazio, de ser incompleta. Quando me pego pensando nas pessoas que fazem passar por tanta coisa ruim, que nos ensinam todos os sentimentos sombrios que ouvimos falar; me questiono por quê? Por que devemos baixar a cabeça e achar normal? Por que devemos seguir a vida como se nada houvesse acontecido? Por que devemos nos encaixar em um padrão socialmente aceitável para fazer parte de um círculo ridículo e cheio de pessoas hipócritas? E quando penso que isso não serve para mim, quando decido tomar uma atitude e mudar isso, me pego sozinha. Não é aquela solidão que nos faz bem, porque eu gosto de estar sozinha. Essa solidão é um sentimento ruim, de impotência, de vazio, de necessidade de ter alguém para conversar, de ter algo pelo que sorrir. Confusões de uma mente inquieta, em uma madrugada longa e silenciosa. É nesse momento que percebo que, apesar de tudo e de todos, se faz necessário uma adaptação de valores para pertencer a uma sociedade hipócrita. Quanta hipocrisia não?