24 novembro, 2011

Páginas em branco.

Eu vi uma imagem. E ela desmoronou o meu mundinho à parte. Destruiu com tudo aquilo que ainda restava. E não, não era uma foto dele com outra... Foi pior do que isso. Me disseram várias vezes que uma imagem vale mais que mil palavras. É. Valeu mesmo. Foi nesse exato momento em que a última gotinha de esperança e desejo de te ter na minha vida novamente, escorreu. Sabe quando falam em dois mundos diferentes? Pois é! .. Estamos nessa fase. E me decepcionei tanto quando vi aquela imagem, foi uma mistura de decepção, ponto final, espanto... um mix de sentimentos. Foi ali, exatamente ali naquele momento, que eu fechei o capítulo que estava cheio de páginas em branco para serem escritas. E sim, ele foi fechado com todas essas páginas em branco, pra que eu nunca esqueça do quanto eu quis estar contigo... e o quanto tu não estavas aqui.

16 novembro, 2011

Um abraço que mudou.

Hoje me deu uma vontade tão grande de chorar. Chorar por coisas perdidas, por tempo perdido. Chorar por situações vividas, pessoas perdidas, sonhos desfeitos. Um olhar, um sorriso e um abraço. Essas três coisas, durante milésimos de segundos, me fizeram ter essa vontade de chorar. E depois disso, um alívio imenso, por saber que após tanto tempo, ainda há um laço. Um abraço de reencontro, com gosto de 'quanto tempo perdemos'. É. Esse ano foi de grandes e importantes acontecimentos. Grandes voltas da vida. Momentos como esse, que me mostraram que para tudo há um motivo, um momento certo. E, como dizem, se ainda não deu certo, é porque não chegou ao final. Hoje eu acredito. Não sou ingênua de querer algo de anos atrás, porque não sou mais a mesma, nem as pessoas envolvidas. Mas acredito sim, que esses foram os primeiros passos para uma nova história que começa a ser escrita. E isso me faz feliz. Apesar da vontade gigante de chorar por tudo, eu fiquei feliz, com aquela sensação de alívio e com um sorriso no rosto, ainda meio tímido, mas um sorriso.

14 novembro, 2011

A loucura

       A Loucura resolveu convidar os amigos para tomar café em sua casa. Todos os convidados foram. Após tomarem o café, a Loucura propôs:

- Vamos brincar de esconde-esconde?
- Esconde-esconde? O que é isso? - perguntou a Curiosidade.
- Esconde-esconde é uma brincadeira. Eu conto até cem e vocês se escondem. Ao terminar de contar, eu vou procurar e o primeiro a ser encontrado será o próximo a contar.

       Todos aceitaram, menos o Medo e a Preguiça.

- 1,2,3... a Loucura começou a contar.

       A Pressa se escondeu primeiro em um lugar qualquer. A Timidez, tímida como sempre, escondeu-se na copa de uma árvore. A Alegria correu para o meio do jardim. A Tristeza começou a chorar, pois não achava um local apropriado para se esconder. A Inveja acompanhou o Triunfo e se escondeu perto dele, debaixo de uma pedra.
        A Loucura continuava a contar e os seus amigos iam se escondendo. O Desespero ficou desesperado ao ver que a Loucura estava no noventa e nove.

- Cem! - gritou a Loucura - Vou começar a procurar.

       A primeira a aparecer foi a Curiosidade, pois não aguentava mais, querendo saber quem seria o próximo a contar. Ao olhar para o lado, a Loucura viu a Dúvida em cima de uma cerca sem saber em qual dos lados que ficasse estaria se escondendo. E assim foram aparecendo a Alegria, a Tristeza, a Timidez...
       Quando estavam todos reunidos, a Curiosidade perguntou:

- Onde está o Amor?

       Ninguém tinha visto.
       A Loucura começou a procurá-lo. Procurou em cima da montanha, nos rios, debaixo das pedras e nada do Amor aparecer. Procurando por todos os lados, a Loucura viu uma roseira, pegou um pauzinho e começou a procurar entre os galhos, quando de repente, ouviu um grito. Era o Amor, gritando por ter furado o olho com espinho. A Loucura não sabia o que fazer. Pediu desculpas, implorou pelo perdão do Amor e até prometeu seguir-lhe para sempre. O Amor aceitou as desculpas.
       Hoje, o Amor é cego e a Loucura sempre o acompanha.





                                                                   Autor desconhecido.

03 novembro, 2011

Foi só o começo.

E ontem nós saímos. Foi divertido. Mas não existiu aquele "algo mais". Foi diferente. E tanta coisa me incomodou, me fez querer sair correndo e te deixar lá, mas eu fiquei ali, parada... tentando aproveitar os poucos momentos de risada. O que é isso que está acontecendo? Será que chegou o dia do ponto final? É isso mesmo? Nem o frio no estômago se fez presente. E depois que cheguei em casa, senti uma vontade de tomar um banho e tirar aquela "sujeira" de mim. Mas não era culpa tua, nem minha, nem nossa... era apenas uma vontade de colocar o ponto final que precisava. Abri os olhos pra essa realidade e entendi que definitivamente, isso não me serve. Não sou objeto que pode ser reposto por outro qualquer, só para ocupar um lugarzinho ao teu lado, pra que não fiques sozinho. É isso. Não quero isso que pra ti é tão "nada" e pra mim é tão "tudo". São visões muito distintas de uma mesma situação, e não tá me servindo mais. 'Coração, deixa de ser trouxa...' Essa é a hora de fazer uma faxina na minha vida, nas pessoas, nos costumes. E comecei por ti. Não te preocupa, que não serás o único. Esse foi apenas o começo da fase que me livrarei daquilo que não me serve e não me acrescenta algo. É hora de tomar as rédias da minha vida.