17 abril, 2016

Recomeço

Dentro de cada escolha cabe uma renúncia. Dei pra contar quantas coisas boas perdi pelo caminho ao me prender onde não era meu lugar, insistir nos mesmos erros, ficar ao lado de pessoas que não foram feitas para se encaixar na minha vida. E a gente sabe, a gente sempre sabe o que é e o que não é pra ser. Mas permanecemos estáticos onde não somos mais felizes por medo do desconhecido. O tempo passa, a vida muda, as pessoas se transformam. Na maturidade tenho aprendido que meu tempo é ouro, e só o divido com quem estiver na mesma vibração, na mesma sintonia, dividindo os mesmos sonhos reais. Descobri que o desconhecido pode ser algo maravilhoso se nos permitirmos. Não tenho tempo para ilusões, meu saldo se esgotou por dez vidas! Quero a verdade, a realidade, os pés no chão. Quero sentir que estou no caminho certo. E se os dias não me apontarem nessa direção, mudo a rota, sem medo. E até que pegue o atalho certo, o meu nome é recomeço...

06 abril, 2016

Amor por conveniência ?

                Outro dia, conversando sobre relacionamentos e relações, valores, necessidades, sociedade que julga, machismo, feminismo e afins; uma amiga disse a seguinte frase: eu não acredito no amor... amor é conveniência. Naquele momento, gerou uma estranheza muito grande entre os que estavam conversando, e confesso que julgamos aquilo que ela falou. Ela argumentou, deu exemplos. E depois fiquei pensando nisso. Comentava ela, que por exemplo, seus pais, casados há mais de 30 anos, tinham um amor por conveniência (não vou expor os motivos, pois não é necessário); mas ela afirmou que desde o início era por conveniência. E percebam, não era conveniência financeira, como alguns podem pré-conceituar. 
                Então, comecei a pensar em alguns casais que conheço e nas suas vidas. Comecei a analisar os meus antigos relacionamentos. Observei algumas famílias. E, tenho até medo de afirmar isso, mas realmente, o que se vê é muito amor por conveniência. At
é que alguém me disse: mas, estou com meu marido porque somos companheiros, nos divertimos, dividimos a vida, construímos nossos sonhos juntos, temos uma família. Ok !.. E isso não é conveniência? E se ele não fosse companheiro, divertido, que não sonhasse ou não quisesse dividir a vida; será que estariam juntos ainda? E quando chegamos a um impasse de estarmos encantados por duas pessoas... Uma delas, está em uma fase de maturidade um pouco anterior a nossa; a outra pessoa está no mesmo momento de vida que nós. Quem seria o escolhido? Pois é... conveniência novamente.
                Será que o amor não existe? Será que temos uma atração física por alguém, e depois procuramos saber se essa pessoa possui objetivos parecidos com os nossos, para então dividir a vida? Confesso que isso mexeu com meus pensamentos e ainda não consigo ter uma opinião realmente formada sobre isso. Gostaria aqui de defender o amor, como sendo apenas amor, mas em todos os exemplos que penso para dar surgem as conveniências. Então, quem sabe algum dia eu consiga um exemplo real de amor... e não de conveniência.