30 abril, 2011

Aceitando como sou.

E hoje, pela primeira vez, eu, como Mônica Roxo, abri um pouco do meu 'Universo Particular'.
Até então, ele existia apenas aqui... mesmo com algumas pessoas conhecidas sabendo da existência dele,
eu nunca havia dito, com todas as letras, que há um mundo particular, paralelo.
Confesso que a sensação foi de nudez. Sim, me senti despida, vulnerável, insegura. Mas, apesar de tudo, foi uma experiência interessante. Mostrei um pouco mais de mim, sem mostrar uma única coisa se quer. E isso foi algo completamente diferente. Como eu disse, um caderno 'semi-aberto' .. só aqueles que conquistam a confiança, ganham a oportunidade de abrir aos poucos esse caderno. Enfim, apenas registrando que um momento como hoje foi fundamental para um certo crescimento. Me aceitei mais, e aceitei que os outros apenas podem gostar ou não de mim e do que faço. Eu sou isso hoje. Fui diferente no passado. E certamente serei ainda mais diferente no futuro. Mas cada coisa a seu tempo.

28 abril, 2011

Ei, cadê você?

Ei, príncipe, você se perdeu?
Ok... eu já não quero mais o cavalo branco, nem todo aquele cavalheirismo, que de certa forma, enjoa.
Mas, será que está tão difícil de achar o caminho?
Só uma dica: se demorar demais, quando chegar, o castelo estará vazio. Não terá ninguém a sua espera.
Agiliza aí ! 
Sabe como é, o destino dá voltas, e numa dessas, nos perdemos para nunca mais nos reencontrarmos.
O amor espera, mas ele não faz milagres viu?

24 abril, 2011

Alguma certeza por aí ?

E essa mesmice do dia-a-dia está me incomodando.
Não é isso. É a mesmice de relacionamento mal resolvido.
Isso! Essa mesmice está me incomodando profundamente.
Mas o que eu faço com esse incômodo?
Resolvo: esqueço tudo e finjo que simplesmente não sinto nada?
Resolvo: esqueço tudo e tento acreditar que não há futuro?
Não resolvo: continuo sem fazer nada apenas esperando?
Não resolvo: falo tudo que preciso, mas sei que não vai resolver agora?
Ai... como queria saber o que fazer. Como queria ter alguma certeza.
Qualquer que fosse a certeza, me acalmaria.
Qualquer... até mesmo a pior delas.

12 abril, 2011

Carta a um certo alguém.

Eu queria te dizer tanta coisa. Queria falar de tantos sentimentos. Queria dividir tantos momentos contigo. Foi ao teu lado que descobri o sabor do beijo apaixonado, foi onde soube o que era sentir o coração na boca, o frio no estômago. Foi contigo, também, que descobri o que é sofrer por amor. Foi longe de ti, que aprendi que a vida continua, e nos seus altos e baixos, idas e vindas, aquilo que ficou mal resolvido, nunca deixa de atormentar, e uma hora acaba cruzando o caminho. Contigo, eu também descobri que não se deixa de amar alguém da noite pro dia, de um mês ao outro. Aprendi que o sentimento quando é verdadeiro, permanece ali, escondido e só precisa de um simples olhar para vir à tona. E novamente, foi contigo que aprendi que se sofre duas vezes pela mesma pessoa. Descobri o que era surpresa e decepção, mágoa e desilusão. Mas, encontrei em mim, um motivo para continuar. Aprendi, mesmo muito longe de ti, que pessoas importantes, jamais terão seus lugares ocupados por outra pessoa, mesmo que essa outra pessoa seja importante também. E mais uma vez, a vida me mostrou que tudo que é mal resolvido, nunca deixa de nos perseguir, e um dia, bate à nossa porta. E sabe o que mais eu aprendi? Que não se deve estar à disposição do outro. Isso só atrapalha e cria uma ideia de “falta de vida própria”. Apesar de tudo que sonhei, vivi, desejei, sofri, me iludi, fui iludida, me magoei e segui em frente, eu tenho alguns “obrigados” a te dizer. Obrigada, por me fazer uma pessoa muito feliz durante um período de tempo. Obrigada, por me ensinar a amar e ser amada. Obrigada, por me ensinar que nem sempre a vida é um conto de fadas; e principalmente, por me fazer enxergar que eu posso seguir, sem depender de alguém. Obrigada, por tantas recordações maravilhosas. Além disso, tenho algo mais a te dizer. Me desculpa, mas eu cansei. Cansei de estar esperando, de ser iludida, de criar sonhos e ter esperanças. Me desculpa, mas não sou adolescente, que fica ao lado do telefone esperando que, um dia, quem sabe, tu ligue. Obrigada por tudo, e me desculpa, mas cansei desse nada.

06 abril, 2011

O olhar.


O olhar que analisa. O olhar que apenas olha. Aquele que parece saber o que busca. No teu silêncio, muita coisa é dita. Só com teu olhar. Como sei? Porque o meu olhar também busca o teu. E nesse silêncio de risadas abafadas, no grito do olhar, tanta coisa é dita... mas nem sempre é assim.

05 abril, 2011

Silêncio e grito mudo.

Uma calma que até assusta. Acostumada a tanta correria e gritaria em um mundo particular, que essa quietude assusta. Fica o pensamento de: ' o que está por vir? '. Mas enquanto o destino não se encarrega de mostrar o seu outro lado, fico aqui, quieta, com meus pensamentos, e aproveito essa quietude por enquanto. Triste, mas a certeza que a calmaria não durará para sempre, me faz esperar e me preparar para o próximo momento de gritaria e caos. É um tipo de grito mudo. E esse com certeza é o pior dos gritos. Mas tudo bem, afinal, calmaria e falatória de mesmo tom sempre são monótonas, e a vida.. ah, essa com certeza não deve ser monótona. Não deve ser um hábito. Às vezes precisamos de um grito para nos lembrar que estamos vivos e reagirmos. Se ainda não houve gritos, é porque não estamos mortos em pensamento. Que venha a vida... a gritaria... o caos... a calmaria... a vida... a gritaria... ... Afinal, é um ciclo, mesmo que sem um período exato, é um ciclo. Ciclo, mas não um círculo, afinal sempre aprendemos e nos desenvolvemos como pessoa.