18 junho, 2016

E o céu deve estar rindo agora ♪

Clica aqui pra ouvir Mc Gui - Sua História ♪

Perder é difícil. Por mais que sempre nos digam que na vida a gente não ganha sempre, perder é e sempre será difícil. Perder qualquer coisa é difícil. Tempo, espaço, amizades que vieram e foram. Mas difícil mesmo é perder alguém que se ama, sem chance de trazer a pessoa de volta.

Há algum tempo, eu achava que perder alguém em vida era ruim. É, perder alguém em vida. Ser obrigada a excluir alguém da minha vida por motivos que não cabem ser explicados aqui. Realmente achava que era uma das piores perdas. Mas aprendi, da pior forma possível, que não é a pior perda. E sabe por quê? Porque perder alguém em vida é quase uma escolha, é uma decisão que tomamos. Mas perder alguém sem ter o nosso consentimento, não tem explicação.



A morte é algo que nos assombra, que nos persegue e a única certeza que realmente temos... que vamos morrer, que nossos entes queridos irão morrer, que a lógica da vida é: as pessoas mais velhas morrerão primeiro. Mas isso não quer dizer que concordamos com isso, ou que estamos realmente prontos para que isso aconteça. E sinceramente, eu não estava estou pronta pra isso. Parece criancice, eu sei, mas é a verdade. Não me vi como uma adulta ao receber a notícia da morte. Na verdade, me senti uma criança completamente perdida, sozinha e sim, senti muita raiva do mundo!
Ao mesmo tempo, percebi o quanto egoísta estava sendo ao ter esses pensamentos. Mas, dá licença, eu posso ter esses pensamentos e ninguém tem que julgar. Ouvi um dia que eu não estava pronta pra perder na vida. Alguém aí está pronto pra perder quem ama? Se tiver alguém pronto, me desculpe, mas não existe amor aí ! Porque perder dói e dói muito.


Essa perda deixa um vazio enorme, uma vontade de deitar na cama e ficar ali, esperando os dias passar. As recordações? Serão as melhores! E quer saber? Se eu pudesse, te teria aqui comigo por mais 100 anos, só pra ouvir tuas histórias e teu italiano enrolado com português. Ainda não faz um mês que tu partiu, mas a dor que eu tenho é a mesma do dia que recebi a notícia. Às vezes me pergunto como vai ser o dia que retornar àquele lugar e saber que não estarás lá. Nunca estarei pronta para lidar com a morte. Nunca.


27 maio, 2016

A menina de 20 e a mulher aos 30

Nem por você, nem por ninguém, eu me desfaço dos meus planos, quero saber bem mais que os meus 20 e poucos anos.. ♪ - 20 e poucos anos - Fábio Jr.



           Outro dia lia alguns textos, desses que se acha em páginas do facebook ou links aleatórios na internet, sobre a diferença da vida aos 20 e aos 30 anos. E vou ter que concordar com algumas coisas que li.
           Quando tinha meus 20 anos, me preocupava muito com a opinião dos outros, em me fazer ser notada por uma sociedade que tentava me encaixar e ser aceita. Buscava agradar aos outros para ser aceita, seja onde fosse, mesmo que isso significasse não ser eu mesma. Ficar sozinha, sem um rolo, sem um ficante, sem um namoro casual, era algo quase inaceitável.

           Hoje, quase aos 30 anos (confesso que isso dá um medinho sim. Chegar aos 30 realmente muda algo dentro de nós), eu percebo que não estou tão preocupada em ser aceita, em me fazer ser notada. Estou muito mais interessada no que me faz feliz, no que me satisfaz. Só vou a lugares que estou com vontade, com pessoas que realmente me sinto bem. Aprendi a dizer não para muitas coisas e pessoas, e isso me faz um bem enorme. Descobri que preciso me fazer feliz, antes de querer ser feliz ao lado de alguma pessoa. Relações superficiais já não me interessam. É claro que continuo errando, fazendo opções que não são tão certas; porém, os erros mudam em cada ocasião.


           Hoje, quase aos 30 anos, percebo o quanto ainda tenho a conquistar; o tanto de caminho que tenho a percorrer. Hoje, percebo o quanto sou suficiente para mim mesma e também, o quanto a companhia de alguém tem que ser justamente isso, companheirismo. Uma relação desse nível, deixou de ter como prioridade paixão, sexo, tesão; e passou a ter como objetivo alguém que também seja feliz consigo mesmo, para que então possa ser feliz comigo. 
           Enfim, aos quase 30 anos, percebo que amadureci bastante e que, talvez, tenha deixado pra trás, de vez, aquela menina que buscava constantemente a aprovação alheia para ser feliz. Talvez tenha encontrado em mim, a mulher que sabe o que quer pra si, que precisa somente se fazer feliz; e quando consigo alcançar isso, tudo a minha volta se torna ainda mais lindo.


17 abril, 2016

Recomeço

Dentro de cada escolha cabe uma renúncia. Dei pra contar quantas coisas boas perdi pelo caminho ao me prender onde não era meu lugar, insistir nos mesmos erros, ficar ao lado de pessoas que não foram feitas para se encaixar na minha vida. E a gente sabe, a gente sempre sabe o que é e o que não é pra ser. Mas permanecemos estáticos onde não somos mais felizes por medo do desconhecido. O tempo passa, a vida muda, as pessoas se transformam. Na maturidade tenho aprendido que meu tempo é ouro, e só o divido com quem estiver na mesma vibração, na mesma sintonia, dividindo os mesmos sonhos reais. Descobri que o desconhecido pode ser algo maravilhoso se nos permitirmos. Não tenho tempo para ilusões, meu saldo se esgotou por dez vidas! Quero a verdade, a realidade, os pés no chão. Quero sentir que estou no caminho certo. E se os dias não me apontarem nessa direção, mudo a rota, sem medo. E até que pegue o atalho certo, o meu nome é recomeço...

06 abril, 2016

Amor por conveniência ?

                Outro dia, conversando sobre relacionamentos e relações, valores, necessidades, sociedade que julga, machismo, feminismo e afins; uma amiga disse a seguinte frase: eu não acredito no amor... amor é conveniência. Naquele momento, gerou uma estranheza muito grande entre os que estavam conversando, e confesso que julgamos aquilo que ela falou. Ela argumentou, deu exemplos. E depois fiquei pensando nisso. Comentava ela, que por exemplo, seus pais, casados há mais de 30 anos, tinham um amor por conveniência (não vou expor os motivos, pois não é necessário); mas ela afirmou que desde o início era por conveniência. E percebam, não era conveniência financeira, como alguns podem pré-conceituar. 
                Então, comecei a pensar em alguns casais que conheço e nas suas vidas. Comecei a analisar os meus antigos relacionamentos. Observei algumas famílias. E, tenho até medo de afirmar isso, mas realmente, o que se vê é muito amor por conveniência. At
é que alguém me disse: mas, estou com meu marido porque somos companheiros, nos divertimos, dividimos a vida, construímos nossos sonhos juntos, temos uma família. Ok !.. E isso não é conveniência? E se ele não fosse companheiro, divertido, que não sonhasse ou não quisesse dividir a vida; será que estariam juntos ainda? E quando chegamos a um impasse de estarmos encantados por duas pessoas... Uma delas, está em uma fase de maturidade um pouco anterior a nossa; a outra pessoa está no mesmo momento de vida que nós. Quem seria o escolhido? Pois é... conveniência novamente.
                Será que o amor não existe? Será que temos uma atração física por alguém, e depois procuramos saber se essa pessoa possui objetivos parecidos com os nossos, para então dividir a vida? Confesso que isso mexeu com meus pensamentos e ainda não consigo ter uma opinião realmente formada sobre isso. Gostaria aqui de defender o amor, como sendo apenas amor, mas em todos os exemplos que penso para dar surgem as conveniências. Então, quem sabe algum dia eu consiga um exemplo real de amor... e não de conveniência.