29 maio, 2011

Fantasmas.

O escuro é capaz de trazer à tona vários sentimentos.
O medo, a insegurança, a incerteza, o desconhecido.
A paz, a calmaria, a tranquilidade, a certeza, o desconhecido.
Um momento de solidão, tão necessário.
Um momento de quietude... e gritos do pensamento.
Quanta coisa um momento no escuro
e no silêncio é capaz de proporcionar.
Como é necessário deixar
que esses fantasmas surjam,
e eles só tem essa chance,
em momentos de quietude total.
Ou damos essa oportunidade
aos nossos fantasmas,
ou enlouquecemos.

26 maio, 2011

Ex-futuro.

Existem histórias que ficam para sempre marcadas. É como se fossem impressas com aquelas canetas vagabundas, que por mais que se tente, não vai apagar. E existem histórias, escritas com um lápis, tão fraco, que qualquer coisa que passe por cima, será capaz de apagar. Eu acreditava que a nossa história não seria assim. Mas, o passar do tempo me mostrou que aquilo que parecia forte e intenso, se tornou cada vez mais fraco e sem sentido. Não sei ao certo o motivo. Certamente, o fato de termos mudado e amadurecido, seguido caminhos bem diferentes, fez com que aquela história, ficasse em um passado tão distante, que ela está se apagando. Chegará um momento que somente lembraremos por fotos, escritas, cartas, presentes... pois se não fosse isso, essa história seria algo tão distante, que pareceria invenção. Tem horas que chego a acreditar que tudo foi fruto da imaginação, de um sonho. Sonho intenso muitas vezes, mas apenas um sonho, pois quando acordava, percebia que nada era como antes. Seria o início de um novo ciclo? Ainda não sei. O que sei é que, apesar de tudo, o encantamento deixou de existir em parte. Sei também que, se for para essa história realmente ficar marcada, começará do zero. Vai ser uma história escrita por cima da outra, como se no papel existisse marcas de algo que já foi utilizado, mas como não foi bem sucedido, foi excluído. Tá, é meio exagerado isso, mas se um dia, isso for para acontecer, que seja em um novo contexto, com outras metas e outros objetivos. Inclusive, com outros sentimentos. Sentimentos mais maduros, mais reais. Um dia... Mas esse um dia está tão distante, que já estou perdendo toda e qualquer esperança de acreditar que ele vai existir. Insegurança diante de um desejo, que aos poucos, diminui.

23 maio, 2011

Martha Medeiros.

E este coração acomodado aí no peito? Use-o, ora bolas. Não fique protegendo-se de frustrações só porque seu grande amor da adolescência não deu certo. Ou porque seu casamento até-que-a-morte-os-separe durou ´apenas´ 13 anos. Não enviuve de si mesmo, ninguém morreu.

21 maio, 2011

Uma tentação feita de pequenos detalhes.

Como é ruim ter dúvidas. Dúvidas de sentimentos, desejos, sonhos. E o medo? Esse também é cruel. O medo da rejeição, da desilusão, do "não", mais uma vez. Como eu queria ser capaz de deixar o passado lá atrás, no lugar que deveria estar. Mas não consigo.  Tem algo que me faz arrastar essa história; tem muita coisa mal resolvida, não dita. Ou tem pouca coisa, mas esse pouco é essencial. Isso me cansa. Cansa a espera pelo incerto. Porém, a possibilidade de te encontrar, faz o mundo parar em questão de segundos. Ouvir o teu nome, me remete a um passado (nem tão longe) em que éramos felizes; em que dávamos risadas do mundo desabando sobre nossas cabeças, e mesmo com tantos problemas, a nossa única preocupação era com aquele momento... o nosso momento. Afinal, ele era finito, mesmo que desejássemos o contrário. E então, algumas horas depois, voltávamos a sentir o mundo real, e corríamos para as nossas vidinhas. Foi assim por muito tempo. Tu ligava, nos encontrávamos, curtíamos algumas horas e nos despedíamos. Despedida com gosto de quero mais; e com a certeza que em algum momento teu de carência, solidão, ou só querendo curtir, eu estaria ali, à espera da ligação. Que idiota fui eu! Mas... quem nunca cometeu uma idiotice na vida? Ou duas... ou três... ? Fui idiota em aceitar essa situação. Mas quer saber? Não me arrependo dos momentos vividos ao teu lado. Fui muito feliz contigo, na soma de todas as nossas idas, vindas, recaídas... É. Eu fui feliz. Hoje, não estou sendo. Essa insegurança não me agrada, não me convém. Está na hora de ser mulher o suficiente e te fazer entender que cresci, e aquilo que tínhamos antes, já não me satisfaz. Está na hora de resistir à tentação... ao jeito que tu olha, que tu sorri, como tu morde o canto do lábio enquanto pensa... Como é difícil resistir a cada pequeno detalhe teu.

11 maio, 2011

Trilhando um (novo) caminho.

Confusão de sentimentos e desejos. Decisões que não dependem de mim apenas. A única certeza que tenho nesse momento, é que sei o que sinto. E sei que é forte. Agora, cabe esperar uns dias e resolver parcialmente essa situação. O que são alguns dias, perto de anos? Mas, esses dias estão me enlouquecendo o pensamento, a imaginação e o desejo. Medo da ilusão, da esperança. Medo também do (quem sabe) amor a ser vivido. Algo tão desejado, mas sempre tão distante. Que os dias passem rápido. Que a situação possa se resolver. Enquanto isso, sigo minha vida. Afinal, um amor pode mudar muitas escolhas a serem feitas, mas a vida não pára à espera dele.. e eu seguirei me dedicando aquilo que acredito e sonho. Pelo menos isso, tenho certeza. Ou não...

01 maio, 2011

Martha Medeiros.

O amor não acaba. O amor apenas sai do centro das nossas atenções. O tempo desenvolve nossas defesas, nos oferece outras possibilidades e a gente avança porque é da natureza humana avançar. Não é o sentimento que se esgota, somos nós que ficamos esgotados de sofrer, ou esgotados de esperar, ou esgotados da mesmice. Paixão termina, amor não. Amor é aquilo que a gente deixa ocupar todos os nossos espaços, enquanto for bem-vindo, e que transferimos para o quartinho dos fundos quando não funciona mais, mas que nunca expulsamos definitivamente de casa.