06 abril, 2016

Amor por conveniência ?

                Outro dia, conversando sobre relacionamentos e relações, valores, necessidades, sociedade que julga, machismo, feminismo e afins; uma amiga disse a seguinte frase: eu não acredito no amor... amor é conveniência. Naquele momento, gerou uma estranheza muito grande entre os que estavam conversando, e confesso que julgamos aquilo que ela falou. Ela argumentou, deu exemplos. E depois fiquei pensando nisso. Comentava ela, que por exemplo, seus pais, casados há mais de 30 anos, tinham um amor por conveniência (não vou expor os motivos, pois não é necessário); mas ela afirmou que desde o início era por conveniência. E percebam, não era conveniência financeira, como alguns podem pré-conceituar. 
                Então, comecei a pensar em alguns casais que conheço e nas suas vidas. Comecei a analisar os meus antigos relacionamentos. Observei algumas famílias. E, tenho até medo de afirmar isso, mas realmente, o que se vê é muito amor por conveniência. At
é que alguém me disse: mas, estou com meu marido porque somos companheiros, nos divertimos, dividimos a vida, construímos nossos sonhos juntos, temos uma família. Ok !.. E isso não é conveniência? E se ele não fosse companheiro, divertido, que não sonhasse ou não quisesse dividir a vida; será que estariam juntos ainda? E quando chegamos a um impasse de estarmos encantados por duas pessoas... Uma delas, está em uma fase de maturidade um pouco anterior a nossa; a outra pessoa está no mesmo momento de vida que nós. Quem seria o escolhido? Pois é... conveniência novamente.
                Será que o amor não existe? Será que temos uma atração física por alguém, e depois procuramos saber se essa pessoa possui objetivos parecidos com os nossos, para então dividir a vida? Confesso que isso mexeu com meus pensamentos e ainda não consigo ter uma opinião realmente formada sobre isso. Gostaria aqui de defender o amor, como sendo apenas amor, mas em todos os exemplos que penso para dar surgem as conveniências. Então, quem sabe algum dia eu consiga um exemplo real de amor... e não de conveniência.

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