21 maio, 2011

Uma tentação feita de pequenos detalhes.

Como é ruim ter dúvidas. Dúvidas de sentimentos, desejos, sonhos. E o medo? Esse também é cruel. O medo da rejeição, da desilusão, do "não", mais uma vez. Como eu queria ser capaz de deixar o passado lá atrás, no lugar que deveria estar. Mas não consigo.  Tem algo que me faz arrastar essa história; tem muita coisa mal resolvida, não dita. Ou tem pouca coisa, mas esse pouco é essencial. Isso me cansa. Cansa a espera pelo incerto. Porém, a possibilidade de te encontrar, faz o mundo parar em questão de segundos. Ouvir o teu nome, me remete a um passado (nem tão longe) em que éramos felizes; em que dávamos risadas do mundo desabando sobre nossas cabeças, e mesmo com tantos problemas, a nossa única preocupação era com aquele momento... o nosso momento. Afinal, ele era finito, mesmo que desejássemos o contrário. E então, algumas horas depois, voltávamos a sentir o mundo real, e corríamos para as nossas vidinhas. Foi assim por muito tempo. Tu ligava, nos encontrávamos, curtíamos algumas horas e nos despedíamos. Despedida com gosto de quero mais; e com a certeza que em algum momento teu de carência, solidão, ou só querendo curtir, eu estaria ali, à espera da ligação. Que idiota fui eu! Mas... quem nunca cometeu uma idiotice na vida? Ou duas... ou três... ? Fui idiota em aceitar essa situação. Mas quer saber? Não me arrependo dos momentos vividos ao teu lado. Fui muito feliz contigo, na soma de todas as nossas idas, vindas, recaídas... É. Eu fui feliz. Hoje, não estou sendo. Essa insegurança não me agrada, não me convém. Está na hora de ser mulher o suficiente e te fazer entender que cresci, e aquilo que tínhamos antes, já não me satisfaz. Está na hora de resistir à tentação... ao jeito que tu olha, que tu sorri, como tu morde o canto do lábio enquanto pensa... Como é difícil resistir a cada pequeno detalhe teu.

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